Venham, palavras, venham
saiam
não quero vocês ai presas no meu peito
enquanto sinto passar o tempo
lento,
como a erosão de uma montanha
rápido,
como o amor de um pássaro
Venham palavras
me ajudem
me socorram
como eu explico pra que ela entenda?
como eu me explico pra que eu me entenda?
Então vou tentar assim:
uma lembrança que arde
um bálsamo que acalma
um gole de água quando a sede abrasa
uma dorzinha chata
uma alegria desprumada
um pensamento fugitivo que deixa a boca escancarada
uma brisa na alma
uma lágrima sem dor nem mágoa
um rio farto de peixes
uma lua ao amanhecer
e muito mais que nem sei:
ignorância braba.
8 comentários:
Adorei o texto, adorei, e viva a dor e tds as suas façanhas. Saudade.
inquietude que só passa quando ele , o coração, fica deitadinho em almofada de cetim...
gostei!
"uma alegria desprumada"... muito lindo!! Um abraço.
16 dias desde a última postagem...
Amei. Durante a leitura eu notei uma coisa bucólica, profunda, existencial e senti um pouco falta do seu sarcasmo, das suas reviravoltas, das pegadinhas. Então veio o final e fechou com tudo. Lindo! Poesia também é diversão. E essa além de bela no que precisa ser, é divertidíssima. Adorei.
kd?? desisitiu?
Usou de metalinguagem.....quase um parnasiano....rsrs!!pelo fato de ter falado da propria PALAVRA...mas foi mais profundo q falar só da "palavra"...isso é bom....me fez lembrar Augusto dos Anjos,q apesar de fama de macabro,possui uma poesia q fala justamente da dificuldade de q "venham palavras" e expressem o q realmente se pensa...se quer...o nome do poema dele é "A idéia"...ja pensou Sergio?vc e Augusto tendo pontos em comum....?so naum se torne gótico...kkk!!Lully e vitor
Salut!
Je voudrais parler avec toi parce que je veux pratique mon français et aussi j'aime connaître gens de tout le monde. Il paraît que tu es Portugaise où Brésilienne je ne sais pas ce pour ça que j'ai curiosité
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