minha
RETA
à procura da tua
CURVA
Pensamentos, poesia, dúvidas, ignorâncias, descobertas, muitos erros, quem sabe talvez algum acerto...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
À espreita
II
Mas mesmo que estejas à espreita
feroz miséria,
atroz derrota,
há em nós um segredo
de um alimento que ninguém entende
um maná enigmático
que brota de lugares insuspeitos
de sorrisos vadios
e olhares vagabundos
que dá no mesmo
e desse alimento continuamos vivos
amor infinito
Mas mesmo que estejas à espreita
feroz miséria,
atroz derrota,
há em nós um segredo
de um alimento que ninguém entende
um maná enigmático
que brota de lugares insuspeitos
de sorrisos vadios
e olhares vagabundos
que dá no mesmo
e desse alimento continuamos vivos
amor infinito
quarta-feira, 24 de março de 2010
À espreita (I)
I
Nunca estaremos em paz.
À nossa volta rondam todas,
como um lobo esfomeado
no mais árduo rigor do inverno;
morte, doença, decadência,
injustiça, praga, solidão,
miséria, fracasso,demência.
Ruina;
rainha dos infelizes,
amarga emperatiz do Tempo,
credora de corpos e de lamentos.
Nunca estaremos em paz.
À nossa volta rondam todas,
como um lobo esfomeado
no mais árduo rigor do inverno;
morte, doença, decadência,
injustiça, praga, solidão,
miséria, fracasso,demência.
Ruina;
rainha dos infelizes,
amarga emperatiz do Tempo,
credora de corpos e de lamentos.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Solidão
Hoje em dia já não choro
nem me desespero
porque tenho um amigo sincero...
...um violão!
(e um cachorro)
Mas assim são dois!
Ah, tanto faz,
matemática nunca foi o meu forte!
nem me desespero
porque tenho um amigo sincero...
...um violão!
(e um cachorro)
Mas assim são dois!
Ah, tanto faz,
matemática nunca foi o meu forte!
terça-feira, 9 de março de 2010
Keep Walking
Mesmo que tudo desmonore
permaneça.
Mesmo que terremotos estremeçam
a raiz da terra,
não estremeça.
Mesmo que o vento nos arraste
dentes,cabelos,pele, memórias,
você, nunca se arraste;
...o arráste-se;
mas que seja porque é a única forma
de seguir caminhando.
permaneça.
Mesmo que terremotos estremeçam
a raiz da terra,
não estremeça.
Mesmo que o vento nos arraste
dentes,cabelos,pele, memórias,
você, nunca se arraste;
...o arráste-se;
mas que seja porque é a única forma
de seguir caminhando.
Keep Walking
Aunque todo se derrumbe
no te derrumbes tú.
Aunque terremotos estremezcan
la raíz de la tierra
no te estremezcas tú.
Aunque el viento nos arrastre
dientes,cabellos,piel, memorias,
tú nunca te arrastres...
...o arrástrate;
pero que sea porque es la única forma
de seguir caminando.
no te derrumbes tú.
Aunque terremotos estremezcan
la raíz de la tierra
no te estremezcas tú.
Aunque el viento nos arrastre
dientes,cabellos,piel, memorias,
tú nunca te arrastres...
...o arrástrate;
pero que sea porque es la única forma
de seguir caminando.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Amor, trabalho, conhecimento
Amar o trabalho de conhecer,
trabalhar com amor desconhecido,
conhecer os trabalhos do amor,
tudo isso espero alcançar contigo.
trabalhar com amor desconhecido,
conhecer os trabalhos do amor,
tudo isso espero alcançar contigo.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Um dia mais.
Hoje foi um dia mais.
Assim, para que se entenda melhor: um dia +! Mais de positivo, mais de pletórico, mais de dadivoso. Um dia para lembrar.
E que há para lembrar no dia de hoje? O que o fez tão especial?
Nada.
Mas ao mesmo tempo, cada pequeno gesto cotidiano foi hoje marcado por um ânimo diferente. Um ânimo não tão belicoso, não tão ressentido, tão temeroso, assustado, ansioso, dolorido. Hoje o espírito estava mais leve, mais corajoso, mais limpo, mais pacífico.
E olha que não foi lá um dias dos mais tranquilinhos e ociosos! Hoje teve correria, sim, teve pressa, horário marcado, desencontros, cobranças e pagamentos.
Mas o dia acabou e não ficou aquela antiga sensação de fracasso, de tarefas a meio fazer, desatendidas e negligenciadas por um desânimo sem esperança.
Ou talvez devesse dizer por excessivas esperanças. Por sonhos infantis, ou infantilóides, que ignoravam que não se chega nunca a lugar nenhum, a gente só vai...
E anda, e anda, e o caminho se abre enquanto se anda, e à nossa frente se descortina o desconhecido, que se torna presente palpável, manipulável, real.
"Navegar é preciso", diziam os navegantes antigos...
Soltar as âncoras é preciso.
Libertar-se das amarras do medo; o medo camaleónico e metamórfico que se transmuta no mais insuspeito amor, no mais abnegado dos empenhos laborais, na vontade irresistível de sair por ai e brincar um carnaval louco.
Parece que não, mas é medo.
Medo de quê?
Medo de tudo.
Medo de morrer,
Medo de viver,
de ficar doente,
de endoidecer,
de ficar sozinho,
de ser esquecido,
medo de não ser.
Então, porquê hoje foi um dia mais? Acho que hoje não tive tempo de sentir tanto medo. Esqueci de sentir medo, e aí a vida fluiu livre, solta, descabritada.
Eu não tinha nenhuma exigência do dia de hoje, não pedi nada, só deixei que acontecesse; fiz meu trabalho e pronto, não pensei no que viria depois, somente no que já estava acontecendo, e em fazer bem feito o que devia ser feito.
E a recompensa? Sucesso, mulheres, dinheiro?
Paz no bolso e saúde no coração.
É tudo, isso.
Assim, para que se entenda melhor: um dia +! Mais de positivo, mais de pletórico, mais de dadivoso. Um dia para lembrar.
E que há para lembrar no dia de hoje? O que o fez tão especial?
Nada.
Mas ao mesmo tempo, cada pequeno gesto cotidiano foi hoje marcado por um ânimo diferente. Um ânimo não tão belicoso, não tão ressentido, tão temeroso, assustado, ansioso, dolorido. Hoje o espírito estava mais leve, mais corajoso, mais limpo, mais pacífico.
E olha que não foi lá um dias dos mais tranquilinhos e ociosos! Hoje teve correria, sim, teve pressa, horário marcado, desencontros, cobranças e pagamentos.
Mas o dia acabou e não ficou aquela antiga sensação de fracasso, de tarefas a meio fazer, desatendidas e negligenciadas por um desânimo sem esperança.
Ou talvez devesse dizer por excessivas esperanças. Por sonhos infantis, ou infantilóides, que ignoravam que não se chega nunca a lugar nenhum, a gente só vai...
E anda, e anda, e o caminho se abre enquanto se anda, e à nossa frente se descortina o desconhecido, que se torna presente palpável, manipulável, real.
"Navegar é preciso", diziam os navegantes antigos...
Soltar as âncoras é preciso.
Libertar-se das amarras do medo; o medo camaleónico e metamórfico que se transmuta no mais insuspeito amor, no mais abnegado dos empenhos laborais, na vontade irresistível de sair por ai e brincar um carnaval louco.
Parece que não, mas é medo.
Medo de quê?
Medo de tudo.
Medo de morrer,
Medo de viver,
de ficar doente,
de endoidecer,
de ficar sozinho,
de ser esquecido,
medo de não ser.
Então, porquê hoje foi um dia mais? Acho que hoje não tive tempo de sentir tanto medo. Esqueci de sentir medo, e aí a vida fluiu livre, solta, descabritada.
Eu não tinha nenhuma exigência do dia de hoje, não pedi nada, só deixei que acontecesse; fiz meu trabalho e pronto, não pensei no que viria depois, somente no que já estava acontecendo, e em fazer bem feito o que devia ser feito.
E a recompensa? Sucesso, mulheres, dinheiro?
Paz no bolso e saúde no coração.
É tudo, isso.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Citando...
O cartún que vocês podem checar no pé do blog pertence ao cartunista Minêu, e vocês podem checar esta e outras obras dele no seguinte endereço http://mineu.zip.net/
El desengaño de Gracián
Sempre que digo algo, me engano,
e às vezes até penso
haver algúm sentido,
um porto
um norte
um rumo
um destino
mas a cada passo confirmo
na noite a prevalência
de um silencio irrestrito:
no vácuo das vozes e dos risos
lá no fundo espera,
paciente,
a longa demora do infinito.
e às vezes até penso
haver algúm sentido,
um porto
um norte
um rumo
um destino
mas a cada passo confirmo
na noite a prevalência
de um silencio irrestrito:
no vácuo das vozes e dos risos
lá no fundo espera,
paciente,
a longa demora do infinito.
Marcadores:
Baltasar Gracián,
desengaño,
filosofia,
infinito,
poesia
Assinar:
Postagens (Atom)