Se alguém nos escuta
do outro lado da fronteira;
se alguém nos espreita
para além desta cegueira,
ouça aqui a minha queixa;
nosso diário gemido
que por vezes é feito de prantos
mas que também é feito de riso.
Nada sei e nada entendo.
Se errando acerto
ou acertando erro
não sei dar conta nem dividendo.
Mas sei pedir,
e embora sem compreender
nem o como nem o porquê,
arde em mim a intuição
de que se bem pouco importa
ser completo ou ser vão,
no fundo importa
de alguma incompreensível forma.
E assim eu peço:
Que o amor guie meus passos,
a honestidade minhas mãos
a generosidade minha alma
o bem-querer meu coração.
E que a fatal hora
dure tanto como uma longa demora
e que chegue oportuna,
como a visita de um velho amigo
em boa aurora.
Um comentário:
Diga uma hora que seja boa que eu apareço! rsrsrs
Muito bom mesmo, pensei em falar mal, já que você deu essa liberdade, mas não consegui. Parabéns!
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